Damon Harrison: A peça.

Estive pensando esses dias, talvez o que precisamos não está longe. Vamos supor, você tem três peças importantes numa maquina. Você acaba perdendo duas, mas com o dinheiro no bolso vai e compra em conta uma nova. Você sabe que falta uma, mas na sua gaveta ainda há duas aparentemente não tão boas, você vai testa-las, correto? Pois bem, assim você põe a primeira e vê que não dá resultado, como o esperado. A tal maquina não volta a funcionar como antes. Mas você tem tempo. Você troca a peça novamente e acaba descobrindo que essa que você acabou de colocar, era peça que você precisava. Até aqui ficou meio confuso pra você, caro torcedor.

No banco, na espera de uma chance, onde todos o vejam e observem suas habilidades.

Mas chegou a hora de explicar. Nessa analogia, as peças importantes eram Sione Pou'ha e Mike DeVito, que bem ou mal faziam seu papel na linha defensiva com Wilkerson, que havia substituído a altura Shaun Ellis. Você vai à loja e compra uma peça nova, no caso seria a seleção de Sheldon Richardson no Draft do ano passado e ele substitui DeVito. Nesse momento, você lembra que no seu time tem 53 jogadores e um número considerável de Defensive Lineman, porém apenas dois são bons reservas. A primeira peça testada era Kenrick Ellis, e como esperado não deu tão certo. A segunda peça era Damon Harrison, que encaixou-se perfeitamente na máquina e a fez funcionar em grande estilo, substituindo perfeitamente Pou'ha. Voltando a analogia, podemos dizer que essa peça foi achada e guardada. Usada algumas vezes para desafogar o peso nas outras, mas nunca foi observado seu potencial. Nunca foi visto o que poderia ser feito com essa peça a mais.

Talvez o Jets, na analogia como o dono da máquina, estivesse procurando alguém para aquele setor. Talvez o Draft de Sheldon teria sido para completar aquele buraco, ou arrumar a linha gradativamente enquanto no próximo draft um Nose Tackle/Defensive Tackle fosse escolhido. E não tão distante, nos campos de Florham Park um reserva poderia mostrar numa preseason todo seu potencial com os titulares. Numa outra analogia, Harrison poderia ser uma criança que durante apresentações de trabalhos escolares, espera a sua vez para mostrar todo seu talento. E assim completa a 'Sons of Anarchy'.

Por Philippe Rossard.