sábado, 11 de janeiro de 2014

Os Rookies - Final

A temporada acabou, infelizmente não conseguimos uma vaga nos playoffs e o time encerrou suas atividades em Dezembro. Final de temporada, época de se fazer um levantamento de tudo o que nossos calouros conseguiram, como eles se portaram no seu primeiro ano na melhor liga do mundo. Como devem se lembrar, essa coluna foi escrita a cada quatro partidas, sendo assim temos 4 textos analisando a molecada. No primeiro Os Rookies tentava adivinhar o que eles fariam durante sua temporada de estréia na NFL, no segundo, no terceiro e no quarto, fui fazendo sempre um levantamento do que tinham feito e um prognóstico do que poderiam fazer. Agora com o fim da temporada, vejamos o que fizeram na reta final do campeonato e façamos um levantamento geral de seus inícios de carreiras.
Começamos vaiando.
Comecemos por Dee Milliner, CB vindo de Alabama, que acabou a temporada com os seguintes números: 12 jogos, 56 tackles totais (45 solos e 11 assistências), 17 passes desviados e 3 interceptações. Números até que bons, levando em conta que toda secundaria foi muito mal. Dee fez uma pré-temporada bem apagada e começou a temporada com a torcida insatisfeita com seu trabalho, após ir mal contra o Bucaneers e o Patriots nas duas primeiras semana, ele se machucou e ficou de fora de quatro partidas, só voltando a campo contra o próprio Patriots na semana sete, onde teve um jogo regular. Mas da semana oito contra o Bengals até a semana treze contra os Dolphins (tirando o jogo contra o Saints na semana nove), Milliner viveu seu pior momento, em todas partidas ele foi mal e foi queimado pelo QB adversário, sendo até sacado do time titular em algumas oportunidades. Nas semanas quatorze e quinze contra o Raiders e Panthers, respectivamente, ele teve uma leve melhora e foi mediano. Então Dee resolveu acordar na reta final da temporada e fez duas grandes partidas pra fechar o ano, primeiramente contra o Browns, enfrentando o melhor WR da temporada (Josh Gordon), ele se mostrou um ótimo CB e anulou completamente Gordon, conseguiu 9 tackles, desviou 5 passes e teve sua primeira interceptação da carreira. O outro grande jogo de Dee foi contra o Dolphins e ele foi bem de novo, conseguiu 4 tackles, desviou 5 passes e interceptou Ryan Tanehill duas vezes, matando as chances de Miami ir aos playoffs.
Fazendo um levantamento final, Dee deixou a desejar, fez partidas muito ruins e acabou indo para o banco, além de perder quatro jogos por contusão. Mas levando em conta que sua má fase foi quando toda secundária do Jets estava mal, ele tem uma desculpa, pois quando teve suporte e ajuda de seus companheiros de unidade, se mostrou um bom CB. Não cabe mais discutir se ele vale ou não a nona escolha do draft, mas pelo que fez no fim da temporada e com companheiros melhores na secundaria ano que vem, fico esperançoso dele se mostrar de confiança e nos fazer esquecer Darrelle Revis, pelo menos já jogou duas partidas como tal e isso ainda rookie.
E no final, ele acordou.
Agora Sheldon Richardson, DT de Missouri, o nosso mais novo amor... Opa pera. Ele acabou a temporada com: 16 jogos, 78 tackles (42 solos e 36 assistências), 3.5 sacks, 1 passe desviado e 1 fumble forçado, além de, acreditem se quiser, 4 corridas para 4 jardas e 2 TDs. Desde o começo da temporada falávamos que Sheldon era um grande candidato para Defensive Rookie of the Year e ao fim da temporada vemos que esse prêmio é bem possível, muitos especialistas o colocam como melhor calouro defensivo do ano (e depois dos touchdowns terrestres também é candidato para Offensive Rookie of the Year ahahaha).
"Vendo algumas projeções, já imaginam o duo que ele pode fazer com Mo Wilkerson e isso é uma coisa a se destacar, acho que a dupla Mo/Sheldon será um tormento para as OLs adversarias, ambos podem jogar em todas posições da DL e têm grande capacidade de pressionar o QB e também parar o jogo corrido" Essa afirmação foi escrita no Os Rookies e não poderia estar mais certo, com o adendo de que não foi um duo e sim um tríplice com a adição de Damon Harrison, o trio formou uma das melhores DL da liga (se não a melhor) e foi um tormento para as OLs, os QBs e os RBs adversários. A linha ganhou o nome de "Sons of Anarchy" e foi peça fundamental para alcançarmos 8 vitórias, e todos os três integrantes dela são peças fundamentais.
Sheldon teve alguns jogos apagados, mas num todo foi muito bem, com destaque para os jogos contra Falcons, Ravens, Saints, segunda partida contra o Patriots e para os jogos que ele CORREU pra touchdown, contra Panthers e o segundo jogo contra o Dolphins. Temporada passada tivemos a melhor defesa contra o passe na liga, mas a defesa contra o jogo terrestre era deprimente, com a escolha de Sheldon e o surgimento de Damon, nossa defesa contra a corrida foi a terceira melhor da liga e se transformou num tormento para os adversários. Sheldon tem tudo para continuar evoluindo e se tornar o melhor DT da NFL e juntamente com Mo e Damon, deixar nossa DL como a melhor da liga por muitos anos.
Correspondeu as expectativas.
O próximo é Geno Smith, QB oriundo de West Virginia, que teve uma temporada de calouro que mais parecia uma montanha-russa e terminou ela com: 16 jogos, 3046 jds aéreas, 55% de passes certos, 12 TDs, 21 INTs e rating de 66.5, além de correr 72 vezes pra 366 jds e 6 TDs. Ninguém queria Geno Smith, essa é a verdade, mas no final das contas ele acabou sendo de grande valia. Não é todo draft que se acha um QB do potencial dele no segundo round e os problemas que ele enfrentou essa temporada parecem ser corrigíveis para temporada que vem. Primeiramente os turnovers, ele foi muito displicente, a maioria das interceptações foi por falta de experiencia, bolas que não devia ter arriscado lançar ou que deveria ter sido lançada com mais precisão, os fumbles foi por falta de saber a hora de guardar a bola ou joga-la fora e também tiveram os inúmeros sacks que ele tomou por segurar a bola demais. Como falei, erros que podem ser corrigidos agora que conhece a NFL e quem sabe terá melhores companheiros de ataque, principalmente recebedores, que o ajudaram na sua melhorá de produção.
Como tinha dito, Geno Smith teve um ano de calouro montanha-russa, o time emendou a maior sequencia da história de ganha-perde, ficou nesse ritmo até a décima partida e nessa sequencia quando ele ia bem, o time ganhava, quando ele ia mal, o time perdia. Depois do time perder feio para o Bengals e uma boa vitória contra o Saints, vimos o pior Geno da temporada, ele emendou uma trinca contra Bills, Ravens e Dolphins em que não acertava nada, lançava mal, protegia mal a bola e acabou indo para o banco nos finais de jogo, nesses cinco jogos citados ele não passou pra TD nenhuma vez, estava uma lástima. Mas na quadra final da temporada ele voltou a ser o Geno do começo da temporada e até um pouco melhor, vencemos três desses jogos e fechamos a temporada de forma honrosa e com Geno indo bem nos dois últimos jogos.
Sinceramente acho que Smith jogará bem próxima temporada, ele mostrou ter potencial, tem um braço potente e é alto e forte, se trabalhar sua visão e precisão, além de cuidar mais da bola, pode se tornar um bom QB pro time, porém se não melhor nesses aspectos, estará fadado ao fracasso. E ele também precisará de companheiros melhores para ajuda-lo, pois com o que teve esse ano, não dá para se esperar muito mais temporada que vem.

Talvez ele seja a resposta.
Outro escolhido foi Brian Winters, OG de Kent State, que ganhou a posição com a temporada já em andamento e começou 12 jogos como titular. Ele entrou no lugar de Vlad Ducasse, que estava indo relativamente bem, mas que ainda deixava a desejar. Porém Brian não melhorou muita coisa não, ele ainda é muito inexperiente e não sabe os truques para proteger o QB, a maioria das vezes cai no drible do defensor adversário e faz com que um drive seja perdido. Porém quando ele consegue se 'enroscar' com o adversário, dificilmente perde, pois é muito forte e consegue segura-lo. Mas Winters tem um ponto muito positivo, é um excepcional guard abrindo espaço para a corrida, ele consegue imobilizar os adversários e criar ótimos espaços para nossos RBs.
Acho que com uma pré-temporada forte e conhecendo mais a NFL, pode vir a se tornar um bom guard e nos tirar essa dor de cabeça, pois tem potencial pra isso, além de já ser bom em alguns aspectos da linha ofensiva.
Esperamos que evolua.
Falemos de Tommy Bohanon, FB de Wake Forest, que foi uma grata surpresa do time e teve os seguintes números: 16 jogos, 17 corridas para 62 jds, 11 recepções para 69 jds. Digo que foi grata surpresa, pois para um cara draftado no sétimo round (mesmo sendo FB) é difícil de ir tão bem quanto ele foi, não foi algo sensacional, mas tomou conta da posição e se estabeleceu no time. Podemos dizer que ele é uma peça importante do ataque, protege bem o QB nas chamadas aéreas, abre espaço para o RB nas chamadas terrestres e de vez em quando ainda recebe e corre com a bola, mesmo não sendo um especialista nisso.
Ele não foi o FB que achei que seria, esperava um novo Vonta Leach, mas foi bem no papel que o cabe, fazendo o certo no trabalho de FB. Os outros dois draftados, Oday Aboushi e Will Campbell não jogaram, então não a nada para se dizer deles.
Terminamos vibrando.
No Os Rookies passado tinha dito que dificilmente nossos calouros fariam algo mais do que tinham feito na temporada, me enganei. Sheldon fez dois touchdowns terrestres, Dee reencarnou Revis nível 1, Geno se recuperou e jogou bem e Winters se mostrou um pouco mais seguro. Espero que esse final de temporada de alguns jogadores, se torne rotina temporada que vem, pois assim, esse terá sido um dos melhores drafts da história do Jets. Na minha opinião Idzik foi bem, dos sete jogadores draftados, cinco são titulares, dois deles de extrema importância para o time. E vocês, o que acharam do primeiro draft de John Idzik como GM do Jets? Foi bem? Foi Mal? Acho que se draftarmos assim no draft que está por vir, temporada que vem podemos sonhar com a volta do nosso time para os playoffs.

Voltamos temporada que vem, dissecando nossos próximos "Os Rookies".

Por Igor Guilherme.

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